Corinthians 2 x 1 Avaí – Jamais desistir

Pacaembu totalmente lotado, com aproximadamente 33 mil torcedores, emoção, chuva, gols e no final uma vitória do jeito corinthiano de ser: na raça. Foi essa a tônica do jogo de domingo (30/10) entre Corinthians e Avaí.
Começamos no ataque do jeito que a nação corinthiana gosta, só que os jogadores estavam afoitos para logo marcarem os gols, e com isso os erros de passes e finalizações eram muitos. Danilo e Paulinho foram contidos pela forte marcação, enquanto Jorge Henrique pouco aparecia na partida. Os laterais tinham espaço para atacar, só que deixavam uma verdadeira avenida em suas costas. Liedson não via a bola chegar até ele.
Apesar de melhor em campo e com mais posse de bola, aos 12 minutos, depois de falta de William em Lincoln, ninguém ficou em frente à bola possibilitando a cobrança rápida que acabou nos pés de Robinho, que chutou forte e rasteiro no canto esquerdo de Júlio César, dessa forma abrindo o placar. Uma total desatenção de nosso setor defensivo.
A chuva começou a cair mais forte e com isso os passes errados também aumentaram, a única coisa que não mudou foi o apoio da torcida que gritava e incentiva todo o time. Sem levar muito perigo ao goleiro Felipe, o nosso centroavante Liedson arriscou uma bicicleta que passou à esquerda do goleiro. Entretanto lá atrás perdíamos todas as jogadas aéreas, e contávamos com os erros dos adversários ou intervenção de Júlio César.
Aos 30 minutos Jorge Henrique saiu contundido com lesão na coxa direita e também na mão. Audacioso e contando com o sacrifício de Émerson Sheik, o professor Tite o colocou em campo, após cinco partidas fora. E foi Sheik quem começou a dar velocidade para o nosso time e virar a situação da partida.
Já no final do primeiro tempo Leandro Castán desperdiçou bom lance, e Sheik teve seu chute desviado na zaga.
Na etapa complementar a chuva deu uma amenizada e partimos com tudo para o ataque, Sheik pela direita, William na esquerda e Liedson no comando do ataque. Mas quando parecia que empataríamos, o árbitro Pedro Vuaden, erroneamente, expulsou o nosso zagueiro Leandro Castán, após falta em Lincoln. O árbitro alegrou que o zagueiro era o último homem da defesa e havia clara iminência de gol, entretanto a bola nem com o adversário estava e o Lincoln fez falta primeiramente.
Jogando com um a menos e desvantagem no placar o professor Tite não quis alterar a equipe, somente deslocou Ralf para jogar de zagueiro e Paulinho fez a vez de primeiro volante. Cada um foi se doando um pouco mais e com isso começamos a pressionar, mas dávamos o contra-ataque para o adversário.
William “Batoré”, do Avaí, perdeu dois gols claros, sendo uma boa defesa do Júlio César e uma furada do atacante. Aos 16 minutos William fez jogada individual e tocou para Émerson Sheik, que saiu na frente do goleiro e soltou a bomba para deixar o placar empatado.
Foi a motivação que a torcida precisava para gritar ainda mais alto, e se transformar no 11º jogador. Nos campo os jogadores sentiram esse apoio e aos 32 minutos, após cobrança de escanteio de Sheik, o goleiro adversário saiu mal do gol, a bola sobrou na cabeça de Liedson que cabeceou por cobertura, quando o goleiro tentou fazer a defesa a bola já tinha ultrapassado toda a linha. Gol!
A nação corinthiana explodia de alegria no Pacaembu e em todos os lugares do mundo. O resultado estava dando a liderança da competição pra gente. Enxergando o jogo Tite viu que não precisava mais jogar, mas sim preservar o resultado, então tirou Liedson e colocou Wallace formando o setor defensivo. Em seguida sacou William e reforçou o meio campo com Edenílson.
Já nos minutos finais o Avaí partiu pra cima totalmente descontrolado, mas na superação, garra e força de vontade saímos com os três pontos.
Agora voltamos a entrar em campo no domingo (06/11), às 17h, em Uberlândia, contra o América (MG), último colocado da competição.

Júlio César – Ótimo. Fez importantes defesas para que pudéssemos sair com a vitória. Nos últimos jogos tem melhorado na saída do gol, entretanto nessa partida ainda deu algumas titubeadas. Nota: 8.

Weldinho – Precisa melhorar. Sou um dos grandes defensores do garoto como titular, entretanto nessa partida deixou a desejar, principalmente no setor defensivo. Nota: 6.

Paulo André – Lento. Só sabe se posicionar no ataque, mas na defesa é horrível. Não conseguiu ganhar uma bola aérea, comprometeu nossa defesa e não tem se antecipou as jogadas. Nota: 5.

Leandro Castán – Mais ou menos. No primeiro gol virou a bunda pra bola, e isso não é atitude de zagueiro e foi mal nas jogadas aéreas. Raça e força de vontade não falta pra ele, vinha segurando a zaga sozinho. Foi expulso injustamente. Nota: 7.

Fábio Santos – Atento. Apoiou bem o ataque corinthiano principalmente na segunda etapa, mas deixou uma avenida em suas costas. Com campo molhado quem tem bom chute precisa chutar, mas no gol e não na arquibancada. Nota: 6.

Ralf – Monstro. No primeiro tempo errou alguns passes, mas depois entrou na partida e foi preciso nos desarmes, até de zagueiro jogou. Encarou os adversários e se precisar vai pra briga. Tem a cara do Corinthians. Nota: 9.

Paulinho – Discreto. No primeiro tempo não jogou absolutamente nada, inclusive com muitos erros de passe. Na segunda etapa teve que ficar is na defesa e não pôde avançar. Nota: 6.

Danilo – Bem taticamente. Não dá para esperar o Danilo correndo com a bola e fazendo a armação, mas nessa partida foi taticamente muito importante para a equipe, uma vez que oras ajudou na marcação do lado esquerdo, e oras jogou como atacante. Nota: 7.

Jorge Henrique - Pouco jogou e logo se contundiu. Sem nota.

William – Correria. Correu na esquerda, na direita e no meio. Depois deu um passe preciso para o Sheik empatar a partida. Foi bem, mas atacante tem que fazer gol. Nota: 8.

Liedson – Matador. Não jogou bem, mas como diriam os portugueses: Liedson resolve! Nota: 8.

Émerson Sheik – Mudou o jogo. Entrou no lugar do JH e mudou a maneira do Corinthians jogar, quando estávamos com um a menos chamou a responsabilidade e se transformou em líder. Marcou o gol, bateu o escanteio para o outro. Nota: 10.

Wallace– Entrou para recompor a zaga nos minutos finais. Sem nota.

Edenílson – idem.

Tite – Excelente. Sei que muitos poderão me criticar, mas nessa partida o professor foi perfeito e ainda teve muita sorte. O Jorge Henrique se contundiu no primeiro tempo, então ele pôde colocar o Sheik. Não quis recompor a zaga e mandou o Ralf quebrar o galho. Só foi retrancar a equipe depois que fizemos os dois gols e conseguimos a virada. Até o Tite mudou os pensamentos. Nota: 10.

Fiel Torcida – Até embaixo de chuva. Não teve jeito a equipe foi apoiada por mais de 33 mil torcedores mesmo quando estava em desvantagem no placar, e aquela chuvinha não foi nada. Nota: 10.

Leandro Vuaden – Gosta de inventar. O gol do Avaí estava impedido, errou na expulsão do Leandro Castán e ainda marcou algumas faltas inexistentes. É árbitro da nova geração, mas que já foi muito mais competente. Nota: 4.

Lula – Estamos torcendo pra sua mais rápida recuperação, e que no Carnaval de 2012 possa estar no Anhembi com muita alegria e raça. #FORÇALULA.